Quem é o meu próximo?
Iniciamos com o compromisso da semana passada e recordamos as pessoas sobre as quais lemos algumas informações, nomeadamente sobre as suas atitudes de doação pelo próximo.
Nesta sessão lemos o evangelho segundo São Lucas 10, 25-42 para perceber melhor quem é o nosso próximo:
O mandamento do amor (Mt 22,34-40; Mc 12,28-34; Jo 13,33-35) - 25Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» 26Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?»
27O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» 28Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.»
Parábola do bom samaritano - 29Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» 30Tomando a palavra, Jesus respondeu:
«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. 31Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. 32Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.
33Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. 34Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. 35No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: ‘Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.’ 36Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?»
37Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»
Marta e Maria (Jo 11,1-3) - 38Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. 40Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.»
41O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; 42mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»
Na primeira parte, descobrimos que para ter a vida eterna temos de ter uma atitude de total e exclusivo amor a Deus e de amor ao próximo como a nós próprios.
Na segunda parte, reflectimos sobre a extensão do amor aos outros. Jesus responde ao escriba através de uma parábola na qual mostra que não basta saber que se deve amar, mas por o amor ao próximo em prática. O sacerdote e o levita sabiam que se devia amar, mas falta-lhes a prática.
Como já sabemos, os Samaritanos e os Judeus não se davam, e aqui é um inimigo que faz o bem a outro inimigo. É interessante que Jesus utilize um inimigo dos judeus como modelo do amor. Deste modo, Jesus inverte a pergunta do escriba para não ser tão provocatório. Então, verificamos que próximo é aquele que se aproxima, mesmo dos inimigos, pois o amor verdadeiro não conhece condições sociais, políticas ou religiosas.
Vimos que o samaritano presta os primeiros socorros, cede a montada e leva-o para a estalagem e paga as despesas. Verificamos que o amor do samaritano é movido pela misericórdia.
Na terceira parte reflectimos sobre as atitudes de Marta e Maria. Enquanto Marta serve Jesus, Maria senta-se e escuta-o. Marta estava por em prática o amor ao próximo, só o que lhe faltava era a Palavra de Deus. Então, para atingirmos o amor ilimitado temos de escutar Deus.
Em resumo, o que temos de fazer para alcançar a vida eterna? Jesus respondeu:
a) amar a Deus e ao próximo como à nos mesmos
b) fazer-nos próximos de todos
c) ouvir/contemplar Jesus
A nossa resposta a Jesus nesta sessão foi louvá-l'O com uma oração que dizemos e cantamos na missa, o prefácio comum VIII:
Catequista: | Corações ao alto. |
Todos: | O nosso coração está em Deus. |
Catequista: | Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. |
Todos: | É nosso dever, é nossa salvação. |
Catequista: | Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação louvar-vos e dar-vos graças, em todos os momentos da nossa vida, na saúde e na doença, no sofrimento e na alegria, por Cristo, vosso Servo e nosso Redentor.
Na Sua vida mortal, ele passou fazendo o bem e socorrendo todos os que eram prisioneiros do mal. Ainda hoje, como um bom samaritano, vem ao encontro de todos os homens atribulados no corpo ou no espírito e derramou sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança. Por este dom da vossa graça, também a noite da dor se abra à luz pascal do vosso Filho crucificado e ressuscitado.
Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: |
Todos: | Santo, Santo é o Senhor! Senhor Deus do Universo! O céu e a terra proclamam! A Vossa Glória! (bis) O céu e a terra, proclamam a Vossa glória Hossana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor Hossana nas alturas! |
No final, registamos o nosso compromisso para a próxima semana...