domingo, 12 de fevereiro de 2012

Dinâmica: O que faço aqui?

A dinâmica que aqui publico é retirado da última revista "Catequistas". Achei esta dinâmica importantíssima para o meu grupo de catequese pois já há muito tempo que sinto que os catequizandos não sabem quais são os objectivos da catequese e isto reflectiu-se perfeitamente durante o jogo. Espero só que eu e a minha colega catequista, Cecília, conseguimos fazer entender aos nossos catequizandos que os objectivos que eles apontaram como válidos para estar em catequese definitivamente não o são! Frequentar a catequese só para fazer as festas, para fazer o crisma, para ser madrinha/padrinho, estar com os amigos, etc. não podem ser objectivos válidos... A catequese tem como finalidade o seguinte:

O objectivo da catequese é levar cada catequizando não só a um contacto, mas a uma comunhão e intimidade com Jesus Cristo(Cf CT 5). Pela sua própria natureza, “a comunhão com Jesus Cristo impulsiona o discípulo a unir-se a tudo aquilo a que o mesmo Jesus Cristo se sentiu profundamente unido: a Deus seu Pai, que o enviara ao mundo; ao Espírito Santo, que lhe dava força para a missão; à Igreja, Seu corpo, pela qual Se entregou; e a toda a humanidade, Seus irmãos e irmãs, de cuja sorte quis partilhar” (DGC 81). [retirado do site http://www.diocese-braga.pt/catequese/NoticiaArtigo.php?codigo=144]

Penso que foi uma excelente oportunidade para que os nossos catequizandos tomassem consciência do que estar e frequentar a catequese. Lamentavelmente, também penso que nem todos perceberam ou não quiseram perceber muito bem o objectivo de frequentar a catequese o que me faz bastante triste... Só espero que esta dinâmica possa ajudar outras catequistas com grupo problemáticos como o nosso!

AS CARTAS E OS MOTIVOS

Objectivo: Dialogar sobre os motivos que nos levam a frequentar a catequese e reflectir sobre os objectivos que deveríamos ter enquanto grupo de catequese.
Destinatários: 7º ao 10º volume
Materiais: Papéis de tamanho de um baralho de cartas e materiais de escrita
Tempo: 20 minutos

Desenvolvimento: O catequista diz aos catequizandos que vão fazer um jogo que tem a ver com os objectivos da catequese, sobre os motivos que os levam a frequentar a catequese. Pede depois que pensem durante dois minutos em três motivos pelos quais se deve estar na catequese e dois pelos quais não se deve estar. Estes dois últimos devem ser bons motivos para outras coisas mas não para a catequese. Exemplo concreto: estar com os amigos é algo de muito bom mas se vou à catequese apenas para estar com os amigos o motivo perde uma boa parte do sentido. Pede também para não comentarem aquilo em que estão a pensar que é para não influencias os outros.
Feita esta apresentação e depois do tempo para pensar, o catequista entrega a cada um dos catequizandos 5 papéis e pede para escreverem em cada um deles um motivo, 3 válidos e 2 inválidos, sem identificarem de qual se trata.
Uma vez que todos tenham escrito os 5 motivos o catequista recolhe todos os papéis. Numa das "cartas" recolhidas escreve qualquer coisa que a diferencie de todas as outras, por exemplo a data desse dia, e baralha-as.
O catequista explica que de seguida irá entregar, a cada um dos catequizandos, cinco papéis. O objectivo do jogo, como é evidente, é ganhar. E como se ganha? Ganha quem obtiver ou a melhor mão possível de objectivos ou a pior. Mas só ganha um.
Posto isto entrega as cinco "cartas" a cada um. Dá algum tempo para que leiam os motivos. Depois pergunta quem é que tem a carta que marcou, a tal que tem a data ou outro elemento diferenciador. Pede a esse catequizando que escolha duas das suas "cartas" e que as passe ao colega da sua direita. Depois o colega da sua direita deve fazer o mesmo e assim sucessivamente até dar uma volta. Pode-se repetir novamente o processo só com  uma carta. Se quiserem que o jogo seja simples, repete-se esse processo várias vezes.
Uma vez que termine o processo de trocas cada um deve ler para os outros elementos o conjunto que reuniu. Após isso devem chegar a acordo sobre quem reuniu o melhor rol de motivos ou o pior de todos.
É natural que o diálogo seja aceso a partir de um certo momento porque ninguém quer perder. O catequista deve estar bem preparado para este diálogo mas deve intervir o menos possível e deixar que sejam os catequizandos a decidir quem é o vencedor.

Conclusão: É necessário continuar a dialogar e ir clarificando os motivos pelos quais estamos aqui. Se não soubermos exactamente o objectivo do grupo em que estamos inseridos não percebemos o mal-estar que por vezes causamos ou não saberemos como ajudar o grupo a alcançar os seus objectivos.